LIBERDADE E AMOR
“Um homem que, na vida, ia atrás da verdade, perguntou ao discípulo de um Mestre qual seria o sentido desta vida. Depressa o aluno foi consultar os escritos do seu famoso Mestre; depois voltou trazendo as palavras textuais que achou no livro: “A vida é, simplesmente, uma expressão da grande exuberância do infinito”. Mas, o homem da pergunta, um dia, encontra o próprio Mestre e indaga dele a mesma coisa. E o Mestre respondeu: “Pois eu não sei!” O que procura diz “Não sei”: é honestidade. O Mestre diz “Não sei”: há nisto um misticismo que, através deste “não-saber”, conhece tudo. Mas o discípulo diz “Eu sei”: e nisto revela ignorância sob a forma de ciência emprestada”. O crente fanático encontra sempre uma resposta para tudo. E o fanatismo é condenável em qualquer atividade humana. Assim, quando as pessoas posicionam-se em favor de filosofias e dogmas, estão apenas estimulando a vaidade e a ignorância sob a forma dessa mesma ciência emprestada. Quando o homem nasce, recebe como providência da Sagrada Mãe Natureza, o primeiro alimento do seio materno. Não aparece com um selo na testa onde se lê qualquer rótulo religioso ou filosofal. As pessoas devem permanecer livres para submeter a consciência ao jugo próprio de suas escolhas. A validade de uma escolha, afastada das conceituações paternalistas, das tradições das famílias, tem como principal receita, o respeito a essa liberdade que vem associada ao nosso nascimento. “ Outubro de 1917: nasce a Revolução Russa. Com ela a história humana recebe nova dimensão. Dizem que, exatamente neste mês, estava a Igreja Ortodoxa reunida
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