sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
TODOS POR TODOS
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Reflexão íntima
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O MAIS BELO DOS DIAS
Você pode viver o mais belo dos dias. Nada poderá ser comparado com ele. Perceberá que todas as tristezas são insignificantes. Que as dores são passageiras. Nada é para a eternidade. Só a alma perdurará e atravessará as cortinas dos tempos. Há um celeiro onde todos os pensamentos são depositados. Eles não se perdem. Os maus e os bons. Eles materializam-se e podem retornar como chuvas ácidas ou de pétalas em nossa vida. A cada segundo, a maior de todas as escolas, a vida, nos oferece ensinamentos suficientes para que possamos estabelecer modificações sadias na nossa alma. Seres humanos são criaturas iguais. Suas necessidades básicas. Seus sonhos. O bandido de hoje poderá ser o médico de amanhã. O padre. O pastor. O advogado. O juiz. Quem se colocar acima do bem e do mal, com certeza, estará desafiando os ensinamentos da escola da vida e receberá o seu merecido quinhão. Não fique preso aos erros cometidos. Erros são caminhos sinuosos que escolhemos por um momento de fraqueza. E somos iguais nas fraquezas. O dia de ontem não poderá mais ser vivido. O de hoje é tão rápido e definirá o dia de amanhã. Não se perca
CARLOS ROBERTO VENTURA
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
CARTA PARA MEUS IRMÃOS DO PLANETA TERRA
13.12.2009
O mundo sempre atravessou momentos difíceis. Sempre quando a vaidade tomou conta da alma dos homens, tentando abafar o direito da sociedade se manifestar, lançando uma chaga nociva de amordaçamento e cerceamento dos ideais, aconteceram os grandes conflitos. Nossa sociedade não quer mais guerra. O planeta precisa acordar para uma única e absoluta realidade. Somos todos irmãos. Não há que se pensar em consquistadores e conquistados. Não há mais subalternos. Não há mais senhores feudais e escravos. Somos responsáveis por essa casa cósmica chamada Planeta Terra. Pertencemos a uma só raça, a raça humana. Somo um povo, que caminha sobre o lodo da política suja, e precisamos melhorar em muito essa nossa condição. Temos fome. Temos seres humanos, nossos irmãos, abandonados, esquecidos, excluídos. Não devemos continuar a olhar para nosso próprio umbigo. Se não desejamos o fim da humanidade, precisamos acabar com as opressões, com as invasões dos direitos alheios, estuprando os sonhos que os povos adquiriram ao nascer, em suas escolhas e culturas. Precisamos e devemos respeitar nossos costumes, sem que outros busquem modificar nossos gostos pela arte, pelas musicas, pela comida, etc. Não podemos mais admitir a pedagogia do medo, da força bruta, deixando entender que manda mais quem tem mais armas de guerra. Essa loucura já fez milhões de vítimas no planeta. E poderá fazer outros milhões.
A América Latina faz parte do mundo. Seu povo sempre foi alvo de conquistadores, levando o que nos pertencia, riquezas, tradições, culturas, roubando e vilipendiando os nossos direitos. Somos solidários e amamos a PAZ. Só não queremos que o preço da PAZ seja a morte, a degeneração de idéias, princípios, impetrando no nosso meio o terror, a ausência do amor, a incompreensão, a intolerância e a desigualdade.
A pedagogia a ser adotada por todos os povos é a pedagogia do amor. Amor ao planeta, evitando sua ruína, que será também a nossa. Amor aos diferentes costumes e tradições. Respeito aos princípios étnicos, religiosos, características que devem ser mantidas pela liberdade de cada povo. Que não cresça a cobiça pelas terras alheias. Que o ouro não tenha mais valor do que a alma humana. Que as pessoas não sejam condenadas pela cor da pele ou qualquer manifestação que satisfaçam seus ideais. Precisamos deixar de ser ignorantes. Somos inteligentes quando o assunto nos interessa. Vamos acabar com a individualidade, o partidarismo imbecil, que não colocam os valores eternos como bandeiras. O amor. A amizade. O respeito. A tradição. A filosofia. A liberdade. O direito.
Quem não pensar dessa forma estará dando continuidade a essa sociedade doente. A sua enfermidade deve-se ao fato de estar sentada no trono da cegueira política e social. Há quem deseje puxar para si os bens que pertencem a todos nós. Repito, o planeta é nosso. Toda a sua riqueza nos pertence. Não há como permitir que a minoria, vivendo sob a égide do dinheiro, das grandes fortunas, sejam os responsáveis pela nossa existência. O viver não é subornável. Quando passa a ser subornável, os parâmetros da liberdade, do direito, vazam pelos ralos da corrupção.
Queremos A PAZ para o planeta. Não nos interessa sorrir o sorriso da indiferença com a dor dos nossos irmãos espalhados pela Terra. O que acontece no Oriente, afeta o Ocidente. Nos quatro cantos do planeta é preciso existir a PAZ. Nossa felicidade está atrelada a felicidade de todos. O resto é egoísmo, vaidade, hipocrisia e mentira.
A América Latina e todos os lugares que compõem a Terra, respira do mesmo ar que a Natureza Divina oferece, bebe da água que insiste em regar nosso chão, mostrando que, a unidade diante do desejo e da necessidade da PAZ é o ATO MAIS INTELIGENTE QUE DEIXAREMOS PARA AS GERAÇÕES FUTURAS.
ABRAÇOS A TODOS MEUS IRMÃOS
Carlos Roberto Ventura
Caçapava/SP/Brasil
Xamã
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
LIBERDADE NÃO É BRINCADEIRA
O imperador da China ouviu falar, um dia, de um famoso ermitão que havia nas montanhas. Mandou uma comitiva a oferecer-lhe o posto de primeiro ministro do seu reino. Partiu, pois, a embaixada e após longa viagem chegaram ao lugar em que vivia o ermitão: lá estava ele a pensar, sentado numa pedra. Não podia ser este o famoso ermitão de quem o imperador pensava tanta coisa...duvidam, a princípio, os membros da embaixada. Mas, depois de inquirir, numa aldeia vizinha, tiraram tudo a limpo: ele era o procurado: ficaram, pois, de pé, na margem do rio, junto a pedra do sábio e o chamaram. Ouvindo-os, saiu o ermitão para encontrá-los e deles recebeu os valiosos presentes mais o honroso convite: o recado do imperador. Quando o bom ermitão percebeu todo o alcance da mensagem real: que o imperador o queria fazer seu primeiro ministro, atirou para trás a cabeça e explodiu na mais sonora e estrepitosa gargalhada. Mas logo conseguiu controlar a risada e assim falou aos espantados mensageiros: “Olhem aquela tartaruga ali, na lama!...Será verdade mesmo o que eu ouvi dizer? Que, na capela do palácio, o imperador reúne, diariamente, a família e empregados a fim de prestar culto a uma tartaruga que se vê sobre o altar: velho bicho empalhado de casco reluzindo em rubis e diamantes?” “Sim, é pura verdade, eminente senhor.”
“Julgariam vocês que aquela tartaruga que ali estão vendo, remexendo-se na lama, poderia trocar seu destino e lugar com a divina tartaruga do palácio?
“Oh não, não poderia, eminente senhor.” “Pois voltem, vão dizer ao seu imperador que não troco nem eu de lugar e destino. Eu prefiro estar vivo, aqui nestas montanhas a estar morto e empalhado em seu grande palácio! Sim, morto, pois ninguém pode estar num palácio, durante muito tempo, e dizer que está vivo!. Da mesma forma, escrevo e muitas vezes busco nos textos dos homens sábios, uma complementação para meus pensamentos. Não troco minha liberdade viva, natural, pelas prisões dogmáticas, conceituais, ilusórias das religiões, onde a morte prolifera como figura sacramental.
SOU E ESTOU
(adaptação)
A Sagrada Mãe Natureza, ameaçou a humanidade com um tremor de terra que engoliria as águas da região. Outras águas viriam, tão funestas, que, num segundo, ficariam loucos todos os homens que bebessem delas. Apenas um homem acreditou na Mãe Natureza e, enchendo de água enormes jarros, foi para a montanha e lá, numa caverna, acumulou água que lhe bastasse até morrer. Pois tudo aconteceu. O terremoto veio e as águas boas foram, por ele, todas deglutidas e novas águas más, então, encheram as fontes, os riachos, as lagoas, os rios, etc. Alguns meses depois, o homem desce para ver o que havia acontecido. De fato, todo mundo estava louco. Avançaram sobre ele o o atacaram dizendo que o louco era só ele.
Voltou, pois o homem, à sua gruta, feliz pela água boa que trouxera e armazenara. Mas o tempo passou e a solidão tornou-se, pouco a pouco, insuportável. Necessitado, então, de companhia, desceu, mais uma vez, sua montanha e foi, mais uma vez, repudiado pelo povo, por ser tão diferente. Aí, ele tomou a decisão: atirou fora a água que ajuntara, bebeu as águas más dos seus irmãos e ficou louco como todos eles.
Quando descobrimos o que entendemos ser a Verdade, caminhamos só. É um caminho estreito demais para comportar alguém ao lado. Quem pode suportar tal solidão?
As pessoas não se arriscam e não estão interessadas em viver o que acreditam. Abraçam o que se arrasta pelos milênios, acomodadas em um silêncio comprometedor, digno de quem não deseja pensar com a liberdade que todos os seres possuem desde o nascimento. As tradições, lançadas como plataformas ao continuísmo, ocupam os espaços e agregam pela pedagogia do medo.
Penso e portanto não preciso aceitar o que me dizem ser a verdade. Sinto e não há necessidade de fazer com que outros sintam por mim. Na solidão, que não é doentia, mas, introspectiva, absorvo o néctar da confraternização espiritual que emana da terra, da água, do fogo e do ar. Estou inserido no contexto natural de uma manifestação cósmica sem dependência. Eu sou.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
LEIS – DOGMAS - RELIGIÃO - VASSALOS
Os rituais duelísticos, premeditados, compulsivos, tóxicos e nocivos da incompetência, promulgam leis individualistas que servem aos propósitos partidários e não coletivos. Os sonhos estropiados do povo acabam no dia a dia. O ideal famélico, de cada cidadão que se presta a convivência comunitária, acaba no tapete da ignorância dos cinco poderes. Judiciário. Legislativo. Executivo. Financeiro.Religioso. Há uma filosofia em defesa da ecolalia. A contigüidade de todos os povos deveria ser força e não subserviência. As leis existem no papel e acariciam os ricos. Aos pobres, restam os raros momentos de piedade e fraternidade. Religiões, formam o caráter dos fracos, que se deixam carregar nessa enxurrada de conceitos e preceitos milenares, na retórica dos espertos vendedores de terrenos em um céu inexistente. Os agnósticos, que consideram o absoluto inacessível ao espírito humano, são partidários da coerência, pois nós seres humanos, teorizamos de acordo com o que entendemos no mural da nossa limitada inteligência. A pantomima das filosofias religiosas, nasceu ha milhares de anos, construindo seu império, graças ao condicionamento de quem não deseja pensar. A humanidade precisa aprender a ler e considerar. A preguiça mental alicia a alma. Cria dogmas. Estabelece escravidão. Normas e leis humanas são frágeis. Existem para refrear o espírito que se lança na direção da vida de acordo com a liberdade parida pela Sagrada Mãe Natureza. Não são todas as pessoas que comungam com essa procissão cabisbaixa e querelosa. Há mais rabdomancia nas páginas religiosas do que poros em nosso corpo. Diante do inexplicável, melhor é criar o todo-poderoso, acomodando-se na decrepitude da liberdade. A humanidade sofre pelas suas próprias deformações psíquicas e filosóficas. Há um rastro de dor e sofrimento na formação da sociedade. A bandeira do amor incondicional foi substituída no mastro da vida. Hastearam uma bandeira estranha aos princípios da liberdade e do direito, ofendendo o espírito liberto de quem alimenta na consciência, uma força inabalável, contrária aos propósitos do continuísmo. Não nasci para ser vassalo. Há quem goste de ser!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
MÃE NATUREZA
No começo a criação e o incriado faziam parte da composição que fiz para todos os meus filhos. Seus olhos podiam fitar o infinito e além dele havia um grande percentual de minhas obras. Coloquei no infinito azul, minha capa protetora para sua pele, sabendo que a luz do Astro Rei, poderia feri-la. Nos rios e oceanos, a vida era farta e bela, um berço de alimento para todos os homens. As florestas, com seus habitantes, rendiam-me suas honras e me chamavam de Mãe. Nereidas, gnomos, elfos, ondinas e centenas de seres, representantes vivos, dos mistérios que ainda carrego em meu intimo, desfilavam seus corpos repletos de luzes, como caravanas de encanto e vida. Os humanos faziam parte dessa roda viva que dobrava seus joelhos aos meus anseios e apelos. Havia amor sustentando a relação homem e natureza. O respeito produzia filhos e a continuidade mantinha-se em harmonia plena entre toda a criação. A ganância, a mentira, a esperteza, a cobiça, a ambição, passou a alimentar a alma dos homens e ignoraram a capa de proteção que lhes dei. Inventaram seus deuses pagãos e os cobriram com seus mantos inexpressivos, coroando-os com seus objetos ornamentais frágeis e ignóbeis. Os raios, o trovão, o fogo, a água, a terra, o ar, o vento, as tempestades, os vulcões, manifestações da minha força controladora, passaram a significar efeitos catastróficos e da boca dos seres humanos saíram impropérios dirigidos a tudo que criei. As primeiras tribos de homens foram dizimadas e pisoteadas em seus santuários, pontos de luzes, sagrados pela unção natural que os invasores substituíram pela ilusão da água benta. Só eu represento a benção. Sou mãe, meu ventre pariu todas as coisas entre o céu e a terra, na razão maior do infinito. O homem, minha obra prima, rebelou-se contra mim. Ignorou-me. E nos dias atuais, dobra os joelhos em frente aos seus altares vazios, ocos, sem vida, cravejados pela ostentação, ignomínia, avareza, chamando a quem não seja de direito, de deus. E os deuses passaram a fazer parte da cultura dos povos. Começaram a brigar entre si. E no jogo dos interesses, a minha divindade foi substituída pela imposição religiosa e dogmática. Recordais os dias de ontem. Sinta os dias de hoje. Não poderás viver os dias do amanhã. Não conseguirão me matar, pois eu vivo das minhas entranhas, mas ao homem não foi dada essa graça, todos precisam de mim. Eu estarei aqui, refazendo-me da sujeira que me lançaram na alma. Nada posso fazer para salvar meus próprios filhos. E meu choro, uma chuva, ácida, transformada pela ambição humana, será a causa e o efeito desse período de dor e mutação genética. Quem viver verá!!!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
DIA DE FAXINA
Hoje, pela manhã, resolvi desfazer de algumas coisas que se encontravam paradas na minha frente. Fiz um saldo positivo do materialismo que me rodeava e a limpeza se fez necessária. Doações para quem pudesse utilizar o que estava inerte e empilhado no rancho. Isso me fez bem. Penso que faria bem a todas as pessoas. Erramos quando acumulamos coisas. Há sempre alguém que tem bem menos do que o necessário. Isso mexeu com o meu intimo. Daí, dentro do mesmo propósito, também fiz uma faxina profunda na alma, na consciência, no meu jeito de ser. Sentei-me sob a sombra da árvore amiga, no meu quintal, sem me preocupar com absolutamente nada. Lancei meu pensamento na direção de mim mesmo. Ele devassou minha alma e lá da consciência, mesmo no mais profundo adormecer, conseguiu retirar o que não tinha mais utilidade. Mágoas. Medos. Paixões. Mentiras. Um lixo que provoca dores e doenças. As doenças começam no interior de nós mesmos. Os erros e acertos deveriam passar por uma contabilidade honesta e pessoal. Ao final do dia. Antes de deixarmos nossa alma navegar nas asas dos sonhos ao adormecer. Permaneci nesse estado letárgico, sem movimentos bruscos, no silencio mais íntimo que possamos imaginar, que no oriente chamam de meditação e eu ouso chamar de paradigma do perdão. Ao findar esse meu processo de higiene mental, observei que tudo estava a minha volta, nada foi retirado, os pássaros, as plantas, o céu azul, porém, tudo estava mais bonito. Havia uma leveza que me encantava e fazia com que meus lábios descontrolados, sorrissem o sorriso que emana do âmago da mutação pessoal. O planeta tem um imenso lixão que precisa ser retirado. Ele está nos afetando. A soma das mentalizações provoca um imenso carrossel de dores e insanidades. Objetivando a criar no mundo uma conexão divina entre todos os seres, cabe-nos, através da limpeza mental, pensar amor, uma vez que o amor é uma estrada que liga todos os pontos do universo. Pense amor durante sua limpeza pessoal. Estamos ligados pelo processo da criação. Nossa família chama-se humanidade. Não sobreviva da ilusão mesquinha das quatro paredes da sua casa. O nosso pensamento, os nossos sentimentos, não devem ser trancados pelo cadeado do egoísmo. Podem, mas não devem. A mais bela das transformações é a nossa. A dos outros, não nos cabe aquilatar. Hoje me senti um pouco mais integrado a cosmologia e cosmogonia divina.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
ECOPROFECIA
As lágrimas não regarão o solo da desertificação. Não alimentarão os ribeirões, rios, mares e oceanos. Não refrescarão as árvores, as plantas, as flores e nem matarão a sede dos seres vivos. As lágrimas não atingirão nem o chão. A evaporação, provocada pelo efeito estufa será tão grande que nem lágrimas, nem suor, estarão presentes na vida humana. E não poderei culpar ninguém. Não poderei condenar. A humanidade conferiu a si mesma uma auto-condenação, destruindo a tudo e a todos. Fixou na alma o diploma da ignorância, exibindo-o para sua própria consciência idiota e mesquinha. Olhando para o planeta, na sua agonia final, em pleno ano de dois mil e nove, estendo meu pedido de perdão aos que virão depois de mim. Perdoem-me. Minha fala, meu empenho, minha devoção voluntária, meu ideal, meu grito, minhas ações, minhas poesias, meus escritos, minhas canções, não receberam crédito nesse festival de crimes ambientais e tecnologias insanas. Aprendemos que “cada ação provoca uma reação” e assim mesmo provocamos em demasia a divindade que há em tudo que foi criado. Apontamos para nossa cabeça a arma da bivalência mecânica e estouramos nossos miolos com os tiros em defesa do conforto e do progresso. Hoje podemos comprar a cama mas não podemos comprar o sono. Há um ruído ensurdecedor na nossa alma. Nas nossas entranhas. São gemidos de seres vegetais, animais e minerais. A vida está em todos eles. A vida pulsa e nos aponta um dedo em riste chamando-nos de perversos. Ar. Terra. Água. Três dos quatro elementos divinos, gerados pela força da liberdade natural, foram consumados pelo lixo que vomitamos e defecamos sobre o planeta. O fogo salvou-se pela sua capacidade de esterilização. Ecoará seu grito solitário sobre tudo e sobre todos. A Terra se converterá em uma bola incandescente e não haverá mais vida. Não sou Nostradamus que serviu-se de dogmas religiosos, do Apocalipse, para confundir mentes, conceitos e preceitos. Minha profecia emana da terra, do ar, da água e do fogo. Minha incubadora é a alma. Ela produz o elemento providencial para que minha voz não se cale. O amor a natureza. É no amor, pelo amor e com amor que imploro a compaixão da Sagrada Mãe Natureza. Não permita sofrer as crianças. Os jovens. Eles são herdeiros dos investimentos de uma época onde um novo deus surgiu e recebeu o nome de consumismo. Estou em suas mãos Sagrada Mãe Natureza. Faça de mim o que pretender. Só não me crucifique pela omissão. Não fui covarde e nem fui herói. Eu acreditei. E morrerei acreditando no que escolhi como ideal.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
DA NATUREZA PARA NOSSA ALMA
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
DESCULPE-ME
Hoje me lembrei de tantos amigos. Alguns que perdi pelo chamado do céu e para lá resolveram partir. Outros, perdi ao longo desse percurso terreno, cheio de imperfeições, onde as vezes o amor não é suficiente para mantê-los ao meu lado. Só sei que me lembrei de todos eles. Alguns que estão distantes pela ignorância que deixo sair do meu íntimo e apelo pelas minhas fraquezas de ser humano. Mas, juro que eu não desistirei de amar e reaver todos aqueles que perdi pelo meu jeito estúpido de ser. Continuarei tentando dentro das minhas possibilidades evitar que eles partam, seja pelo chamado do céu, seja pela minha ingratidão em não saber deixá-los junto a mim. Só sei que me lembrei de todos eles. Como um filme passado na consciência, filmado pela alma, cujas cenas vivas encheram meu ser, os vi na minha frente, brincando, sorrindo, zangados, xingando e me enchendo de saudades. Eu sou o que a Sagrada Mãe Natureza me permitiu ser. Não discordo dos seus projetos bem elaborados. Eles são divinos, no entanto, não pertenço a uma casta de seres perfeitos e pela minha imperfeição, pago um alto preço nessa existência. Quisera saber me manter fiel aos meus princípios de amor. Quando vejo as possibilidades se juntando como contas de pérolas em um colar sagrado, logo tropeço na minha prepotência e caio de cara no chão. Não permaneço caído. Isso não está em meus planos. Levanto-me, olho para quatro dedos acima da linha do horizonte, faço o amor de todos os amores reencarnar em minhas entranhas, desenhando uma nova planta estrutural para meu caminho. Só sei que me lembrei de todos eles. E por alguns momentos, sem medo dos tabus criados por todos nós, eu não vacilei em permitir que a emoção tomasse conta do meu ser. Um ser humano. E recordei dos meus antepassados que diziam, franzindo a testa: “Homem não chora meu filho”. Estavam equivocados e não sabiam. Nós choramos sim. Pela ausência. Pela demência que toma conta da gente em algumas situações. Choramos pela partida e pela chegada. A dor também nos consome e arranca algumas lágrimas. Mas, nesse meu jeito de ser, entre o ódio e o amor, o oceano de loucuras que travo em meu peito na tentativa de amar incondicionalmente, eu me lembrei de tantos amigos. Entre eles, estava você. E ao final dessa minha viagem, consciente, livre, sem a terrível pressão da sociedade hipócrita, deixei escapar uma palavrinha mágica que as vezes nos esquecemos dela: Desculpe-me.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
LIBERDADE E AMOR
“Um homem que, na vida, ia atrás da verdade, perguntou ao discípulo de um Mestre qual seria o sentido desta vida. Depressa o aluno foi consultar os escritos do seu famoso Mestre; depois voltou trazendo as palavras textuais que achou no livro: “A vida é, simplesmente, uma expressão da grande exuberância do infinito”. Mas, o homem da pergunta, um dia, encontra o próprio Mestre e indaga dele a mesma coisa. E o Mestre respondeu: “Pois eu não sei!” O que procura diz “Não sei”: é honestidade. O Mestre diz “Não sei”: há nisto um misticismo que, através deste “não-saber”, conhece tudo. Mas o discípulo diz “Eu sei”: e nisto revela ignorância sob a forma de ciência emprestada”. O crente fanático encontra sempre uma resposta para tudo. E o fanatismo é condenável em qualquer atividade humana. Assim, quando as pessoas posicionam-se em favor de filosofias e dogmas, estão apenas estimulando a vaidade e a ignorância sob a forma dessa mesma ciência emprestada. Quando o homem nasce, recebe como providência da Sagrada Mãe Natureza, o primeiro alimento do seio materno. Não aparece com um selo na testa onde se lê qualquer rótulo religioso ou filosofal. As pessoas devem permanecer livres para submeter a consciência ao jugo próprio de suas escolhas. A validade de uma escolha, afastada das conceituações paternalistas, das tradições das famílias, tem como principal receita, o respeito a essa liberdade que vem associada ao nosso nascimento. “ Outubro de 1917: nasce a Revolução Russa. Com ela a história humana recebe nova dimensão. Dizem que, exatamente neste mês, estava a Igreja Ortodoxa reunida
sábado, 1 de agosto de 2009
NÃO VENDA SUA LIBERDADE
Não sei se as pessoas estão observando que, nos últimos tempos, os grandes impérios, as instituições milenares, aqueles que tinham o domínio sobre uma grande parcela da população, estão caindo dos seus tronos de ouro e pedras preciosas. Outras derivações estão chegando com a mesma intenção de abocanhar as almas que sofrem. O ataque vem sendo feito em massa e os incautos trocam suas convicções por novas promessas de um paraíso perfeito, onde anjos ociosos, tocam flautas, harpas, sorrindo da própria mentira. A terra prometida comprometeu e nada deu. Ainda caminham sobre o planeta, nômades, disputando palmo a palmo uma fatia do espaço que é de todos nós. As trincheiras estão ensangüentadas. As divisões se multiplicam e quem possui maior aparato bélico, passa a ser proprietário do que não pertence a ninguém, e ao mesmo tempo é de todos nós. A dominação é por terra, por água e por ar. Pregações misturam-se com dominações. Há um conluio entre a riqueza material e a promessa espiritual. Quem quiser entrar no falso céu dessa composição mesquinha e arbitrária, precisará comprar o ingresso, pesquisar se ele é temporário ou definitivo. Há camarins, arquibancadas cobertas e o lugar reservado ao povão. Pagou entrou. Não pagou dançou. E segundo os donos da verdade, se você for um dos que dançar, o fará sobre brasas, que se formou ao longo da história, em um lugar chamado inferno. A pedagogia do medo aprisionou as almas. Há muitos acorrentados pelos pés e pelas mãos. O medo calou as vozes. Gerou covardes. Uma gigantesca procissão muda, cabisbaixa, resolveu aceitar, com preguiça de questionar. Entregam, aos ladinos, seus bens materiais, o dinheiro na prosa do dízimo sagrado, representando a maior indústria de mercadores de almas. São “marreteiros” profissionais. Seus produtos, incentivadores para a compra de um lugar no céu, trazem rótulos de medo, pânico, mentira, falsa esperança e a repetição da história das conquistas religiosas. Há tanta mesquinharia que a hipocrisia ajoelha-se diante dos seus altares. Há quem não deseje a alfabetização do povo. Há quem use a ignorância da nossa gente, para encher os cofres de instituições, indústrias bélicas, em parcerias que espedaçam a esperança.. O amor não se cala diante dessa realidade que um dia deixará de existir. Os falsos profetas estão caindo com seus impérios e templos. Quem viver verá. Livre-se das amarras. Nós nascemos livres como os pássaros no céu. Não venda sua liberdade. Há um grande templo que nos pertence, erguido pelo amor incondicional e natural . O universo infinito. Ore nesse templo. Ele não se limita a quatro paredes.
terça-feira, 14 de julho de 2009
ATITUDES
Há um medo que atormenta a alma humana e a persegue nesse tempo de modernidade. Olhares são profundamente desviados na tentativa de enganar a realidade. Há olhos voltados para o chão. Há quem olhe para as montanhas, oceanos, estrelas, lua, pássaros, flores, buscando preencher a alma com algo que não seja tão passageiro e sem luz. Há sorrisos que estalam de contentamento em seus repentes manifestados pelo abafar das angústias. Há braços que nos abraçam na liberação de um desejo de afago, sustentando a esperança que a alma reza em suas oblações íntimas. Esse é o quadro dessa sociabilidade equivocada. Onde o rico senta-se no próprio rabo enquanto o pobre dana-se ausente das cidades cosmopolitas. O dinheiro é o regulador e o fomentador do preconceito e da discriminação. Idealismos estão sendo engavetados no mesmo armário onde colocaram o amor. Há gavetas abarrotadas de sentimentos nobres, escondidos, quiçá preservados, para uma outra geração. Há olhos que choram no simples gesto de carinho que lançamos na direção das pessoas. A emoção congrega pela ânsia de transformação que almas inteligentes, eternas peregrinas, ousam cantar nas filas que se formam no culto ao deus do consumismo. Há quem pense que o ter é a oferta da ocasião, repudiando o que entendem ser meramente romântico, ou seja, o ser. Flutuam pelo espaço, miríades coloridas de sentimentos roubados dos cofres que sempre estiveram abertos, os corações dos poetas. Eles não se confundem com a carruagem da vida, que leva na sua viagem, alazões de ouro, atrelados aos seus infinitos cavaleiros de um zodíaco de amor. Há um contraste que estabiliza o viver para não permitir a ruptura definitiva da criação com as criaturas. Não sei até quando haverá essa respeitabilidade da Sagrada Mãe Natureza com a fragilidade das ações humanas. Há uma fome de amor disponível na fonte da vida, infelizmente obscurecida pela trava e cegueira da ignorância. Todos correm o dia todo. De carro. De moto. Caminhando no tosco dorso de ruas e avenidas. Calçadas transbordando de pessoas com expressões interrogativas e vazias. Quero viver no coração de cada criatura e tentar me mobilizar na disponibilidade divina que recebo da criação, na continuidade dessa existência, trôpega, esquálida, oferecendo o que de melhor tenho para que todos abandonem o ter e desejem ser. Ser o que verdadeiramente somos, seres humanos, nessa família criada pela condição divina dessa raça humana, que não define cor de pele, conta bancária, nem elabora um cardápio separando pobres e ricos. A dor do mundo é a minha dor. O amor do mundo é o meu amor. A cor do mundo é a minha cor. Há uma concessão mágica e invisível que nos permite ser e evita que adotemos a postura do ter. Muita paz a todos!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
APENAS UMA SUGESTÃO
Está difícil de entender essa sociedade, nas suas loucuras, necessidades, investimentos, escolhas, caminhos, religiões, seitas, violência, projetos e sonhos? Os ruídos nas ruas e avenidas, o excesso de carros, o crescente número de pessoas nos supermercados, lojas, as disputas em busca do primeiro emprego, tudo isso está provocando estresse nas pessoas? O vício em moderadores do apetite, relaxantes musculares, soníferos, antidepressivos, vem aumentando assustadoramente? Cresce o número de espertalhões em razão das dores do mundo, que oferecem soluções imediatas em troca de muito dinheiro? Minha santa mãe dizia que: “o ladino sem o bobo não vive”. Se há quem ainda acredite que o milagre acontece em virtude do pagamento do dízimo, consulta ou coisa parecida, os espertalhões continuarão construindo templos com altares de mármore importado, além das suas mansões de fazer inveja aos astros do cinema americano. Não há medicamento melhor e maior do que o amor incondicional. Quem quer ajudar não oferece uma via medíocre como o dinheiro. O dinheiro é necessário para o sustento das paixões e das necessidades biológicas. Para a alma ele nada resolve. A dor da alma, o afligir do espírito não pode ser comprado. De nada adianta seu rancor, sua fala e seu pensamento agressivo contra a sociedade e as pessoas. Muitas vezes, para se evitar os confrontos, faz-se necessário que nos retiremos para o silencio meditativo e contemplativo, dentro de nós mesmos, nos afastando das manifestações doentias e repletas de ódio. Os antigos diziam que: “em boca fechada não entra mosquito”. Não transforme-se em um gladiador dessa arena selvagem que estamos construindo para nossos filhos e netos. O seu ódio gera milhões de manifestações odiosas por todo o planeta Terra. São moléculas que se agitam e invadem o cosmo na mesma sintonia do que seus pensamentos e ações. Quando você projeta o amor, acontece uma invasão igual, mas o sentimento do amor não gera dor, nem sofrimento, nem angústia, nem revolta, ainda que muitos confundam o amor com paixão. A paixão é vazia e passageira. O amor é repleto e eterno. Para os males dessa sociedade doente recomendo o seu distanciamento das manifestação perigosas, ardilosas, daqueles que se julgam acima do bem e do mal e que falam de forma desagradável da vida alheia. O sol nasce para todos, no entanto, nem todos se prestam ao seu culto, dobrando seus joelhos em um agradecimento profundo pela sua presença no céu azul anil, todos os dias para nosso deleite. Se não somos capazes de ajudar, que calemos nossa boca e façamos o máximo possível para não debochar da situação alheia. Novamente, lembrando os antigos ditados populares: “Quem não ajuda, não atrapalha”. Paz para todos!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
CONVERSANDO
Da sublimidade de um ser minúsculo, na comparação cosmológica, nesse processo humano de adivinhações, suposições, teorias, lanço-me em direção aos mistérios insondáveis do divino livre e procedente. Não ouso ultrajar a sensibilidade dos que estão aparelhados e submetidos aos dogmas. Toda instituição humana religiosa, peca na ignorância de digerir suas próprias vísceras na conformação teológica da criação. Conceitos são levantados como muralhas na separação do real e da fantasia. Entre esses dois pólos, nessa observação deformada pelas limitações da nossa racionalidade, fincam-se estacas na marcação de um terreno perigoso, roubado pela nossa vaidade e pelo nosso orgulho. Indefinições ganham a roupagem da castração e da submissão, que pintadas pela tinta da ilusão, douram-se na particularidade de seus próprios interesses. O mundo teoriza a criação e a criação trabalha incansavelmente na construção do próprio mundo. Nos conceitos ultrajantes da humanidade, a universalidade das coisas, os princípios naturais, a gestão da Sagrada Mãe Natureza, nada representam nesse carrossel de deuses e semi-deuses. A vida está presente
sábado, 25 de abril de 2009
FOMOS ALERTADOS
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Há quem considere o amor uma plataforma para a aceitação passiva, sem reações, submetendo a alma ao silencio castrante e impositivo. Amar não é enganar-se. O amor concede ao ser uma estadia nos planos da coerência pacífica do divino. Não exija dos que amam, a paciência eterna e a pedagogia infinita da paz. Amar não é esmagar sob os pés os ideais a serem objetivados e conquistados. Quem ama, não faz cara de idiota diante daqueles que promovem o tripudiar. Amar é reagir às pestes dos interesses pessoais, semeadas pela vaidade humana. Eu amo na medida certa, que se reflete na ação individualizada de cada criatura. Não me obrigue a calar minha voz, segundo seus próprios conceitos a meu respeito. Quem me pintou de santo deve ser um artista fracassado e inútil. Sou homem, e não me envergonho de amar, cometendo erros, disposto a continuar sendo humano. Não crie expectativas diante das minhas ações, vai interromper uma amizade que deveria estar acima dos seus julgamentos. Em meus ombros não nasceram asas. Estou com os pés firmemente alocados no solo desse planeta belo chamado Terra. Não sou anjo. Exigir das criaturas humanas um comportamento semelhante aos dos santos, erguidos pelos dogmas religiosos, ainda que sejam frutos da fantasia necessária ao continuísmo filosofal, é evadir-se do natural e lançar-se ao artificialismo do espírito da matéria. Não me acovardo diante dos meus erros e nem os ignoro. Sinto-me humano quando minhas emoções se afloram, e não me excluo e nem busco a clausura da alma para disfarçar meus defeitos. Todos os meus amigos, se conscientes e conhecedores do que é ser humano, saberão das minhas limitações, e não me crucificarão no madeiro da ignorância, do julgamento precipitado e infeliz. Não me culpem pelas expectativas criadas e lançadas no espaço, pelas suas considerações pessoais. Sou o que sou para que todos sejam o que são. Nada exijo daqueles que caminham nessa mesma estrada da vida. Aprendi nessa escola abençoada a reconhecer as pessoas em suas privativas formas de escolher um caráter. O que posso afirmar é que amo. Amo o amor que não rotula, não se vincula, não escraviza, não condena e nem se preocupa em criar formas e trejeitos espirituais. Não pratico a violência e nem a vaidade. Só não posso ser o que as pessoas desejem que eu seja. Não sou marionete. Tenho alma e gosto de deixá-la bem acima das conjecturas e opiniões pessoais dos que me cercam. Sou rebelde não pela violência impositiva de um caráter doente, no entanto, minha rebeldia pode ser confundida por quem não sabe identificar o meu amor como instrumento de vida e paz. Bem, daí o problema não será meu. Quem desenha o caráter de alguém, sob seus próprios conceitos, pinta um quadro falso que não pode ser exposto na galeria da vida. Fiz-me entender? Um abraço a todos!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A vida é um grande livro, ainda que em alguns casos, as páginas não sejam muitas. Arrancadas, dobradas, marcadas, essas páginas é que definem o caráter da pessoa. Houve tempos, sem saudosismo, em que um fio de bigode garantia o pagamento da conta fixada no prego. Hoje, nem mesmo a ação judicial, permite que os compromissos sejam assumidos. Estragamos pratos apetitosos na convivência humana. Os sabores, a qualidade, o aroma, foram triturados e lançados ao lixo pela nossa ambição e necessidade de consumo imediato. A chegada dos produtos descartáveis, de forma inconsciente, transformou a amizade, o carinho, o respeito, o caráter, e até o próprio amor, em sentimentos voláteis, sem raízes que se fixem, para a sustentabilidade no nosso dia a dia. Casais são gladiadores a disputar na arena da vida o melhor conceito diante da sociedade. E viver correndo, na direção dos conceitos é fragilizar a alma humana, que reconhece nos conceitos, uma pobreza indiscutível. Conceitos não são absolutos. E a vida pede absolutismo nas suas prerrogativas, valorização das suas páginas, respeito com a história vivida entre suor, alegria e lágrimas. Imagina-se ser possível estabelecer na sociedade, um princípio de valorização dos sentimentos, que nos diferenciem dos outros animais. Isso é uma realidade. Podemos introduzir na nossa alma, ainda há tempo, o que eliminamos em troca de toda essa parafernália projetada pelo progresso, ou seja, os valores indispensáveis para nosso conforto espiritual. A cama automática, colchão d´água, o sofá massageador, o telefone celular, os automóveis de luxo, os apartamentos personalizados, os aviões e trens cada vez mais rápidos, os ônibus leitos com mordomias a bordo e tantas outras obras humanas, significam apenas o avanço tecnológico. Construímos o prazer para o corpo e desajustamos a alma. Desesperados, confusos, inchamos os templos religiosos, na esperança de recuperar o que trocamos com o conforto material e o tão cobiçado progresso. E muitas religiões estão materializando a fé, onde o mais importante é o ter, ser é apenas mais um detalhe. Se nosso desejo for sincero, se queremos resgatar os valores da alma humana, precisamos de uma reeducação imediata, colocando como matéria principal o amor, a toda e qualquer criatura. Será um bom começo, no entanto, há muito para ser feito. Muita paz a todos.
O futuro nos reserva um estágio de cura que eliminará quase na totalidade os produtos medicamentosos. As crises existenciais, a depressão, o medo, enfim, as fobias, serão documentadas através da mentalização da problemática, de forma antecipada ao estágio do mal, evitando a queda do problema no organismo. Todos os doentes mentais iniciam a rotina que os levarão para as casas de saúde, através de uma retenção provocada por algo que o feriu psicologicamente e acabou sendo sedimentado na memória. Incapaz de submeter à mente a uma avaliação prática, na intenção de detectar o mal antes da sua instalação no físico, fica difícil evitar a depressão. As causas precisam ser levantadas no âmago, no interior da mente, e todos os métodos de cura estão na raiz do problema. Eles podem ser causados pela profissão, pela sexualidade, por cirurgias traumáticas, vasectomia, retirada do útero, da mama, ainda que, em alguns casos, sejam da própria solicitação do paciente. Há uma precipitação em algumas atitudes. Muitos casos precisam ser analisados pela paragenética. A meditação que não leva a pessoa ao conhecimento de si mesma, reconhecendo suas fraquezas, projetando-se na intenção de obter revelações para melhorar seus pensamentos e ações, é praticamente nula. A limpeza cósmica inicia-se na limpeza individual. Eu limpo, melhorado na minha forma de agir, trará para a cosmologia e a cosmogonia, um estado de limpeza, ainda que seja mínima. Precisamos entender que os grãos de areia são minúsculos, mas não podemos nos esquecer que são eles todos que formam as mais belas praias. Se a maioria das pessoas praticarem a autolimpeza, espiritual e física, o planeta será beneficiado. Isso deve ser feito com plena consciência. É aí que entra a consciencioterapia. Um estágio avançado de exercer sobre si uma fiscalização, uma reciclagem objetiva, retirando as placas bacterianas da alma, acumuladas pelas várias passagens no plano físico. Com esse procedimento, o estado mental patrocinará um elevado número de curas, uma profilaxia generosa, evitando o surgimento de novos casos depressivos ou afins. A caminhada do homem sobre a Terra não poderia se limitar a conceitos ortodoxos e manchados pela dogmatização e dominação do espírito livre. Não será possível impedir o avanço da conscienciologia sobre as outras formas de libertação dos seres humanos de suas próprias formas pensantes registradas nos anais da história.