terça-feira, 28 de outubro de 2008

INTELECTUALIDADE E PRECONCEITO

CASTAS DE INTELECTUAIS
As atividades terrenas são necessárias ainda que consideradas inúteis, obsoletas, idiotices, por algumas pessoas. Tudo tem sua razão de ser. Há quem considere o amor o sentimento mais nobre. Há outros que discordam. Há quem se julgue acima da inteligência da maioria. Há quem seja humilde o suficiente para ser reconhecido como tal. Há quem sinta orgulho da sua humildade, mostrando sua incoerência e sua falta de discernimento a respeito da humildade. Há de tudo no planeta. Essa diversidade é que faz da vida um jogo constante de incertezas. Dependendo da busca individual, nós podemos ser felizes com meia dúzia de bens materiais. Outros, esmagados pelos conceitos milenares, sofrem quando não extrapolam sobre ter mais do que ser mais. A pobreza não é uma doença. É um mal que a sociedade impõe para algumas pessoas. A exclusão social não é uma doença. Ela nasce do preconceito e da discriminação. Há quem monte grupos de intelectuais para discussões tão inúteis como tentar enxugar gelo com pano de algodão. O saber precisa estar disponível a todos. A educação e o conhecimento não devem excluir a maioria, servindo-se de uma minoria abastada, fechando-se em espécies de seitas com os olhos no futuro. Há pessoas interessadas em formar castas de intelectuais. Não há lugar para quem não possa pagar pelo aprendizado. Cursos são disponíveis para os ricos. Inventam módulos eternos para se atingir graus discriminativos e preconceituosos. Sabe mais quem pode pagar mais. Atinge a maestria quem tem conta bancária cinco estrelas. O trabalhador, que sua a camisa o dia todo, que se preocupa com o feijão com arroz dos filhos, está fadado a morrer na ignorância. A elitização é um câncer que muitos aprovam. A exaltação aos fundadores de instituições intelectualizadas ganha corpo e ameaça os mais humildes. A separação dos corpos e das mentes já foi tentativa de algumas cabeças que ousaram conquistar o mundo. Napoleão. Hitler. E há uma ridícula imposição de conceitos que tenta se definir como a menina dos olhos da criação. Nada mais presta no mundo a não ser os que fazem parte dessa casta de intelectuais. Precisamos conversar sobre nossas teorias. Não precisamos buscar ridicularizar outras crenças e instituições. O respeito é a tônica dos que preferem o diálogo no lugar da execração. Onde estiver os homens estarão os problemas. Não há liderança absoluta. Já foi dito que a unanimidade é burra. Precisamos respeitar e entender que somos neófitos em relação a vida. Somos todos teóricos e aprendizes. A descoberta de novos conceitos não pode atropelar os que já existem. Conceitos são apenas experiências. Faça a sua experiência em relação ao que se prega na sociedade. Faça sua escolha e respeite aqueles que caminham em estradas diferentes. Todas as estradas levam ao mesmo ponto. Ao ponto de interrogação.