terça-feira, 30 de novembro de 2010

Carta....

CARTA AOS SERES HUMANOS DE MENTES INSANAS

Em 1856 descobriu-se, perto da aldeia alemã de Neandertal, um crânio de aspecto simiesco, mas com capacidade cerebral de 1.600 a 2.000cm3. Classificou-se o achado como a transição para uma espécie mais evoluída, o Homo sapiens, de que o exemplar da Alemanha constituiu a subespécie Homo sapiens neandertalensis. Eram indivíduos de caixa craniana e rosto grandes, que teriam vivido no sul e no centro da Europa, assim como no Oriente Médio, entre 100.000 e 35.000 anos atrás. Supõe-se que o desaparecimento do homem de Neandertal resultou do predomínio da outra subespécie, o homem de Cro-Magnon, que procedia do Oriente.
       Os primeiros fósseis de Cro-Magnon (localidade do sul da França) têm cerca de 32.000 anos, mas é provável que tenham penetrado na Europa antes dessa data. Outra hipótese atribui a extinção do homem de Neandertal ao cruzamento entre as duas subespécies. Os dois tipos de esqueletos foram encontrados, praticamente juntos, no monte Carmelo, em Israel.
       O pleistoceno, que abrange o último 1,6 milhão de anos, caracterizou-se pelas cinco glaciações sucessivas que ocorreram sobre a Terra, intercaladas por quatro intervalos mais brandos. O homem atual, frágil e de corpo relativamente desprotegido, apareceu entre as duas últimas glaciações. Nas suas deficiências físicas encontrou o desafio que o seu grande cérebro enfrentou com êxito: aperfeiçoou a proteção contra as dificuldades e ameaças da natureza e inventou instrumentos para, de diversas maneiras, dominar o ambiente e diversificar suas condições de vida.
      Dominador, fortalecido pelo cérebro pensante, descobridor da vaidade, da ambição, do preconceito, da avareza, da hipocrisia, submeteu os outros seres, bem como, a água, a terra e o ar, aos seus ditames exploradores e criminosos. Sua saga destruidora, elevou-se para o infinito azul, distante dos nossos olhos, colocando lá, assim como nas profundezas oceânicas, rios, nascentes, lençol freático, o lixo gerado pela sua incompetência em lidar com a preservação.
      Obsceno no trato com a vida, invadiu florestas, incendiando áreas sagradas, expulsando índios, em nome do deu criado para o conforto material, o progresso. Sua insanidade foi tamanha e continua sendo, que, o pulmão verde da Terra está sendo subjugado, arrazado, diante dos olhares beneplácitos do poder político...um poder ridículo que se provê do descaso e do dinheiro que financia a destruição. É a corrida do ouro do nosso tempo. A filosofia do ter pisoteou a proposta do ser.
      Esmagados, exprimidos, execrados, os recursos naturais transformam-se em grandes lixões. Sobre nossas cabeças, no espaço, giram máquinas que sujam e mostram nossa arrogância nas questões pessoais, onde a fama, os prêmios, incentivam a individualidade e matam a coletividade. A lei do “salve-se quem puder” está estampada nas bandeiras dos países, enquanto alguns abnegados, defensores da vida, pintam na terra, na água, no ar e no fogo, nos quatro elementos, as cores do “um por todos e todos por um”.
      Céu e terra se encontrarão. As águas invadirão as cidades. O planeta responderá às agressões sofridas. Não matará com a mesma saga humana, apenas tentará sobreviver diante desse holocausto que vem sofrendo desde que o homem aqui pisou. A Sagrada Mãe Natureza não é vingativa. Ela é criadora e tenta sustentar a vida diante do descaso dos homens. Seus genes, espalhados pelo Universo, encontram-se protegidos para após o desaparecimento da raça humana, predadora, assassina, de espírito bélico destruidor, possam ser paridos do ventre sagrado que a tudo gerou, sem sofismas, sem dogmas, sem delírios, sem fanatismos religiosos, na liberdade própria da criação.
      Eu já vislumbro os sinais há décadas. Os homens da ciência também. Eu sei que o caos será instalado e dominará a superfície terrena. Não é profecia. É observação diária, do céu, da terra, da água, das matas, dos animais, que desenham em desesperos suas quotas de lágrimas e dor. A ciência se escusa. Está comprada. Os governantes desejam a disputa tecnológica, dominar os céus, a terra, em contrapartida, promover a fome, sacrificar vidas, para a satisfação da vaidade, da ilusão, de um poder político que fede as entranhas de todos os que já morreram em nome desse progresso insano e maldito.
      Estou com sessenta anos de idade, o que vi e continuo vendo, não me assusta mais, é o que tenho de real, depredação da vida, dos reinos, onde nem mesmo água potável temos para beber. Em alguns países, o tratamento de esgoto se faz necessário, transformando-o em água para consumo humano. È o início do caos. Da dor, do investimento na morte e na destruição. As ogivas nucleares não suportarão os acontecimentos naturais. Explodirão. Os reatores atômicos, não sobreviverão às temperaturas e vazarão como tumores das doenças da raça humana.
      Como ambientalista, amante da vida de todas as espécies, luto há décadas para através da conscientização das pessoas, evitar o que é inevitável. A corrida para a morte e o desaparecimento da raça humana é irreversível. Aqueles que sobreviverem, não poderão ser chamados de seres humanos. Não haverá sentimentos. Não haverá solidariedade. Não haverá quem possamos chamar de irmãos. Serão sobreviventes de uma causa maldita, financiada por investidores malditos, que não dobraram seus joelhos diante da vida que pulsou por milênios, livre, senhora absoluta em todos os reinos.
     Chamem a isso de pessimismo...eu prefiro considerar uma realidade...que a cada segundo, caminha mais rápida. Na terra. Na água. No ar...observados pelo fogo sagrado que vomitará suas chamas para a esterilização definitiva dessa espécie que, não deu mostras de inteligência, mas sim de prepotência, indiferença, diante da criação que foi capaz de uma submissão em nome de todos os seres...
      Terra...se um dia eu voltar a pisar seu solo sagrado, não me traga como humano, escolha o que você quiser, aceito ser uma simples ameba...um piolho...uma salamandra...uma águia...um protozoário....
CARLOS ROBERTO VENTURA
CAÇAPAVA/SP/BRASIL
XAMÃ



sábado, 30 de outubro de 2010

Segredos...

A Sagrada Mãe Natureza tem um segredo com os homens...a origem da vida...nós não respeitamos o sacramento do segredo..mas a Natureza não revelará o que cabe permanecer oculto...cientistas, não fiquem frustrados...historiadores, não se revoltem...religiosos, não percam a fé...mas isso não nos cabe saber...

O tudo está em nós...

Sei o quanto somos capazes de fazer nascer em nós a capacitação para o entendimento do divino...sem bebidas...sem drogas...nada de subterfúgios...tipo Ayuaska..Daime...e tantas outras bebidas sacramentais dos nossos irmãos índígenas. A busca, de uma melhor performance da nossa consciência, não está do lado de fora. Os indios, são merecedores desse particular, beber o néctar da mata. Foram massacrados e vilipendiados por nós. Discursar, em favor do uso dessas bebidas pelos chamados civilizados, é mais uma PROFANAÇÃO do que não nos pertence, assim como a própria devastação da Amazônia. 

sábado, 9 de outubro de 2010

Preservando...

Durante minha infância, creio que em muitas outras, o mundo apresentava-se como um símbolo de aventuras, liberdade, mistério e divertimento. Amávamos ser criaturas sem compromissos com a materialidade das coisas. Algumas pessoas, resolveram preservar os valores da infância, outras, perderam-se em um labirinto de preconceitos, discriminações, passando a adotar a filosofia do "achismo" onde os tabus, dogmas, consomem até as vísceras.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Procurei caminhar como ser humano até os dias atuais. Não busquei a santidade como homem, sei que ela não existe. Porém, tentei ficar o mais próximo possível da minha melhor condição de criatura humana, acertando e errando sob o ponto de vista da sociedade que julga e condena a bel prazer. Somos cartas do mesmo baralho que vem sendo jogado desde que o mundo é mundo...nossa igualdade deveria calar nossa boca...(Xamã)

sábado, 25 de setembro de 2010

Refletindo...

Procurei caminhar como ser humano até os dias atuais. Não busquei a santidade como homem, sei que ela não existe. Porém, tentei ficar o mais próximo possível da minha melhor condição de criatura humana, acertando e errando sob o ponto de vista da sociedade que julga e condena a bel prazer. Somos cartas do mesmo baralho que vem sendo jogado desde que o mundo é mundo...nossa igualdade deveria calar nossa boca...(Xamã)

domingo, 13 de junho de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

SOU O QUE SOU PARA QUE TODOS SEJAM O QUE SÃO


  
Não me vejo mais caminhando nessa estrada por onde caminha a maioria. Minha alma foi marcada pela realidade dos fatos. Meus sonhos, continuam a povoar o meu sono e no dia a dia, são como peças de quebra-cabeças, unindo-se e formando o que minhas ações permitem. A crença da infância sofreu mutações generalizadas. O mundo rosa, tingiu-se de escarlate, transformando os oceanos de águas azuis em depósito de sangue inocente. A origem da vida, em um espaldar de conceitos monoteístas, ou quiçá, politeítas, saiu do casulo e alçou vôo além das montanhas da ignorância. No céu da liberdade, em plena concepção formal, minha alma estabeleceu uma linguagem própria, diferente, rasgando as mordaças que outrora a impediam de falar. Os passos são firmes e não tocam mais os terrenos lamacentos e pegajosos. Não há multidões caminhando ao meu lado. E não há solidão. Nem ranger de dentes. Nem ameaças de fogo de inferno. Estou onde sempre desejei estar. Em mim. Não há bênçãos nem condenações. Meu coração pulsa no pulsar da natureza casta e ao mesmo tempo estuprada. Sou filho do intemporal e dos mistérios que envolvem essa casta sublimada de seres legítimos e livres. Não canto nas soleiras das portas fechadas e nem dos cubículos erguidos por mãos humanas. Não me fecho em templos de tijolos e pedras, madeiras e mármores, ouro e prata, cujos castiçais e cálices são lavados pelas lágrimas dos súditos escravizados e vilipendiados. Estou na nuvem que passa, na tempestade que chega, na neblina que umidifica o ar, no brilho das estrelas, no pio da águia soberana e altiva, na simplicidade de um caracol. Aprendi no amor, que o amor, pelo amor, é o mesmo que a vida pela vida, na vida e com vida. Na placenta divina que me sustentou, antes do meu despertar, não haviam ordens estabelecidas e ingratas, mentirosas e falsas, assim resolvi nascer. Não me confesso diante de nenhum confessor, sou o que sou para que todos sejam o que são, diante das possibilidades que afirmam e apontam para um dizer único e responsável, questionável, o que sou, quem sou?  Não há condenações, nem prisões diante do que resolvi abraçar. Se o continuísmo ainda oblitera na faixa das vibrações carnais, não há motivos para que eu não possa vibrar em órbita de tudo o que está estabelecido. É onde estou. É onde quero ficar.

CARLOS ROBERTO VENTURA
Presidente Interino

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O SILENCIO DOS POLÍTICOS DIANTE DA ESCALADA DA DESTRUIÇÃO


Cada célula, a volitar pelo espaço, representa uma presença viva. Quando praticam a união, formam seres, dão formas as coisas, estabelecem um padrão vibracional, pulsante, aquecido pelo princípio universal do amor incondicional. A vida não depende da raça humana. A raça humana é dependente da vida. No jogo do existir, os homens são os mais terríveis predadores. Assassinos em potencial. Cada indústria poluente representa um gesto exterminador de células. O ar que respiramos é um cenário de partículas nocivas a saúde. Rios e oceanos são canais de esgoto e lixo. Animais são extintos como tribos de índios. O desrespeito e a ambição aliaram-se em nome da destruição. O bom senso não estabelece parâmetros e é pisoteado pelo capitalismo selvagem. Minha insistência em tentar conscientizar empresários, vereadores, prefeitos, governadores, deputados,senadores e presidentes, arrasta-se por décadas, sem que mudanças sejam reveladoras e cheias de esperanças. O continuísmo, o comodismo, os conluios, os acordos indecorosos, dentro do espírito de sustentabilidade de um regime caótico e destuidor, promove a cegueira, a surdez, gerados pela conivência e conveniência.  A palavra de ordem é o progresso a qualquer custo. Hidrelétricas. Usinas Nucleares. Condomínios. Mansões erguidas em santuários ecológicos. Indústrias poluentes. Em minha querida Caçapava não é diferente. Fábricas vomitam seus gases tóxicos no ar, sufocando moradores que não se cansam de reclamar e pedir providências dos órgãos públicos. Esgotos residenciais desfilam pelas avenidas e ruas. Fossas vazam em bairros importantes e populosos. Matas são substituídas por loteamentos e há proprietários de terras que recebem privilégios. Quantos defendem a vida? Quantos engordam seus cofres com a destruição de mananciais, matas, animais silvestres e nascentes d´água? Que silêncio covarde e insano é esse? Não estou preocupado em ser simpático as causas do mal...quero continuar a defender a vida, em todos os seus segmentos, ainda que o Poder Público seja indiferente aos meus apelos. O tempo mostrará...ainda que a tempo, não seja mais possível um tempo para a restauração da Sagrada Mãe Natureza.



quarta-feira, 31 de março de 2010

PLANTANDO ESPERANÇA EM UMA REALIDADE IMBECIL

PLANTANDO ESPERANÇA EM  UMA
REALIDADE IMBECIL

O planeta está sendo sufocado por nossas irresponsabilidades. As disputas por territórios, não me interessam as questões em jogo, valem mais do que a vida humana. Matam-se pessoas como se fossem animais nas festividades dos homens. A piedade, o respeito, a fraternidade, o amor, são facilmente sobrepujados pela ignorância, a ambição, a mentira e a vaidade. O Planeta Terra é a casa de todos nós. Há espaço para todos e o que se vê são brigas sangrentas por algo que pertence à humanidade. É ilógico. É profano. É imbecibilidade. A raça é humana. Os conceitos, as filosofias, não passam de tertúlias limitadas, causas freqüentes de desentendimento entre as pessoas. Se a humanidade empunhasse a bandeira da paz, pintada pelas letras do amor, não haveria outras bandeiras tremulando nesse mastro de ignorância. Somos racionais diante dos animais de quatro patas, dizimados pela nossa prepotência. Nossa racionalidade, diante dos conflitos terrenos, não é mais do que a inteligência de uma pulga, que pelo menos, não se declara inimiga da sua espécie. Nós nos incomodamos com a cor da pele. A escolha religiosa. A beleza do rosto. A formosura do corpo. A riqueza material. Somos escravos das armadilhas que construímos. E sendo racionais, constantemente prendemos nossos pés, mãos, inteligência e coração, nessas armadilhas. A paz é possível. Eu creio nela. Creio na possibilidade de que as fronteiras sejam apenas sinais gráficos no mapa do mundo. Nossa saga é destruidora. Vemos isso todos os dias. Há uma acomodação em favor da paz, financiada pelos senhores da guerra. O poder bélico é o passaporte para as negociações. O diploma da ignorância é comprado pelo jogo maldito do preconceito. Acordemos desse sono letárgico e assassino. Profano e ignóbil. Insano e nocivo. Somos uma só raça a caminhar em um gigantesco planeta abençoado pela Sagrada Mãe Natureza, que insiste em sobreviver aos nossos ataques predatórios. Poderíamos, pelo menos, preservar a nossa própria espécie. Há um chamado no horizonte até onde meus olhos podem ver. Você é cego ou consegue enxergar? Salvemo-nos....

CARLOS ROBERTO VENTURA

O menino e o arco da árvore do sol...

http://www.youtube.com/watch?v=4ZkJdr5OVeU