quinta-feira, 1 de novembro de 2007

AMOR ETERNIZADO

Eu vivo pelos meus pensamentos e me entrego a liberdade de pensar sem permitir que meus questionamentos desrespeitem os pensamentos alheios. Há lugar para todos no planeta. Nosso espaço vem ao encontro de nossas necessidades. Nossa maneira de viver produz formas, ações, manifestações e conseqüências para toda a comunidade terrena. Não uma ruptura no procedimento e na individualidade de cada ser. Estamos ligados pela invisibilidade divina que sustenta os mistérios da existência. Cada passo sobre o solo, cada movimento em qualquer direção, toda expressão, todo gesto, refletem-se no viver planetário. Há um princípio dinâmico de sustentabilidade que chegou bem antes das criaturas visíveis a olho nu. O passar dos anos, décadas e milênios, produziu efeitos que permitiram a chegada do que entendemos por seres humanos. E passamos a fazer parte da vida planetária. Tudo recebemos como presente e não soubemos agradecer pela gratuidade da nossa própria existência. Emissários da Sagrada Mãe Natureza, motivados pela beleza da vida, efetivaram seus desígnios e espalharam suas sementes divinas sobre a Terra. E o mundo se fez pela intenção do amor. E o amor permaneceu intocável na confecção dos seus filhos. Pensadores surgiram e improvisaram suas receitas de ensinamentos. Houve um desejo de eternizar o amor. E o amor foi eternizado. Homens astutos, mesquinhos, egoístas, subverteram a dinastia da paz e do equilíbrio, introduzindo suas ambições no caminho da humanidade. E o amor se retirou. Silenciou-se. A liderança ficou nas mãos dos espertos. Crucificaram os idealistas. Enforcaram os sábios. Esquartejaram os sonhadores. E o planeta vomitou suas vísceras. A superfície da Terra quedou-se rumo ao precipício da ignorância. Do amor eternizado restou a proliferação do egoísmo. O amor se ocultou. E a sociedade pisoteou seus recursos espiritualistas, movendo-se sobre um manto de obscuridade e obscenidade. O amor encontra-se eternizado. Há quem possa alcança-lo. Há quem possa beber do seu cálice. E a vida nos ensina que depois de atirada, a pedra não se recupera mais. Nem a palavra depois de proferida. Nem a ocasião depois de perdida. Nem o tempo depois de passado. Somos vítimas e estamos deixando um rasto de vitimados. O amor foi eternizado. E o futuro o revelará para uma geração diferente. Sofrida. Espoliada. E na profundidade do seu íntimo, buscará resgatar o amor eternizado. Meus olhos viram. Meus ouvidos ouviram. Minhas mãos teceram. Meus pés caminharam. Eu procurei viver segundo o amor eternizado. Há quem ainda consiga amar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Aquele que abandona o amor, só volta a ele pela dor.

Anônimo disse...

é sempre com grande prazer que leio os teus escritos, grandes mensagens...

Beijinhos,
Bi