terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


BRASILEIROS
Cada criança que nasce em meu país, representa uma esperança de dias melhores. E o nosso povo aprendeu a viver de esperanças. Manipulado pelas forças políticas, sejam repressivas ou democráticas, situação ou oposição, a Nação Brasileira continua a servir de sustentáculo para um vilipêndio secular. A política de oposição, situação, esquerda, direita, centro, aprendeu a fazer do povo uma arma poderosa para suas predileções. Quando o cidadão de bem sai as ruas em busca de seus direitos, serve aos propósitos dos partidos. Oposição e situação convergem para um mesmo patamar, ou seja, a continuidade no poder, diante da perplexidade dos brasileiros que continuam na mesma. Nossa gente sempre esteve disposta a mudar os rumos dessa política secular que nos rouba freqüentemente. Que pisoteia nossos direitos. Que alicia ideais. Que navega nos mares da corrupção. Que fomenta a continuidade do analfabetismo, pois uma povo ignorante é facilmente manobrado. Soluções existem para tudo. Falta de água no Nordeste. Fome. Desemprego. Educação. Saúde. Porém essas necessidades básicas estão grudadas nas campanhas políticas e servem de palanque para promessas e mais promessas. Não há interesses em colocar um fim na pobreza e suas seqüelas. O povo precisa continuar a pedir para que o político continue a prometer. Cumprir com as promessas é uma questão de caráter. Pela nossa história, pelo que o povo já ofereceu aos setores políticos nacionais, mostrando-se confiante, esperançoso, teríamos que estar na frente de todos os países latino americanos, ainda mais, deveríamos ser a primeira ou segunda potencia econômica no planeta. Para onde foram tantos recursos aplicados? Quem são os grandes vilões da nossa história? Onde está nosso dinheiro, em que bancos internacionais, em que paraísos fiscais? Seria interessante que nosso povo exigisse respostas para nossos questionamentos. Seria interessante, que diante das eleições, firmássemos um propósito de colocar nosso voto nas urnas, mediante uma prestação de conta do Governo Federal sobre nossas finanças. Precisamos recuperar o que nos foi tirado durante séculos. Nosso calar permite que a continuidade da corrupta forma de governo infecte o Planalto Central. Quem cala consente. Meu povo anda calado. Cabisbaixo. Perdeu a vontade de lutar por seus direitos. São poucos aqueles que se levantam contra a impunidade. O cartão corporativo. Os desvios de verbas. O mensalão. A imunidade parlamentar é um processo permissivo para que as coisas continuem como estão. A cadeia deveria servir para prender todos os ladrões. Mas não é bem assim. Quem deveria ser isento dessa punição é o trabalhador brasileiro, ainda que, no desespero de manter sua família de forma decente, cometesse algum ato contra nossa Constituição. O passado grita. Não sou necromante, mas percebo na lembrança um pedido de socorro.


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