sábado, 26 de abril de 2008

PRAGMATISMO?
Nossa sociedade já enterrou vítimas e heróis que morreram sob o peso maldito da violência. Continuará enterrando por décadas a continuar nesse caminho materialista e ignorante. Não somos solidários. Filhos e pais trocam palavras que dilaceram a alma. Separam corpos. Desagregam a família. Casais tornam-se tépidos nos sentimentos e de forma promíscua assassinam esperanças de um bom viver. As tragédias sociais são reflexos e causas daquilo que carregamos na mente. Estamos assumindo um estado deplorável de miséria espiritual em todos os segmentos. Há um princípio exulcerativo adoecendo a alma. Há um barulho ensurdecedor em cada espírito provocado pelo marulho das nossas ações ignóbeis. O evoé cresce como oferenda de orgias praticadas contra princípios que deveriam ser respeitados eternamente. Precisamos fazer crescer os arautos de um período melhor. Estamos pisando em areia movediça e afundaremos nossa história entre lágrimas e horror. Há um batismo imposto nas esferas do consumismo. Há espíritos anabatistas que se revoltam pela injúria praticada contra a liberdade de escolha de cada ser humano. O país chora suas tristezas diante de um anjo lançado contra o chão, caindo das alturas. Não se assustem, a violência está banalizada. Outros anjos virão. Mártires. Heróis. Trabalhadores. Sacerdotes. Freiras. Ambientalistas. Poetas. Ainda que o afincamento das idéias de paz seja robusto, o poder exercido pela política do materialismo, de mãos dadas com o consumismo, atropela a razão e o coração. O planeta entra em moratória na tentativa de provocar uma mudança na sociedade. Há cegos e surdos de plantão. O clima vivido é um processo pirético e doentio. O medo, a ansiedade, o estresse, a mentira, a hipocrisia, o preconceito, a discriminação, estupram o sacrossanto direito de viver em paz. Anjos são atirados de prédios, jovens são aniquilados pelas drogas, alcoólatras morrem em hospitais, prostitutas se infectam pelas ruas, políticos guardam dinheiro em paraísos fiscais, pobres morrem de fome, é a canção da sociedade. Diante da realidade minha alma torna-se híbrida. É preciso. Há esperanças, ainda que confusas e inexatas. A mudança é uma necessidade urgente. Você, eu, nós, devemos fazer algo agora. O amanhã é duvida. Ou acabamos com a violência, ou ela acaba com o país.

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