sábado, 1 de agosto de 2009

NÃO VENDA SUA LIBERDADE

Não sei se as pessoas estão observando que, nos últimos tempos, os grandes impérios, as instituições milenares, aqueles que tinham o domínio sobre uma grande parcela da população, estão caindo dos seus tronos de ouro e pedras preciosas. Outras derivações estão chegando com a mesma intenção de abocanhar as almas que sofrem. O ataque vem sendo feito em massa e os incautos trocam suas convicções por novas promessas de um paraíso perfeito, onde anjos ociosos, tocam flautas, harpas, sorrindo da própria mentira. A terra prometida comprometeu e nada deu. Ainda caminham sobre o planeta, nômades, disputando palmo a palmo uma fatia do espaço que é de todos nós. As trincheiras estão ensangüentadas. As divisões se multiplicam e quem possui maior aparato bélico, passa a ser proprietário do que não pertence a ninguém, e ao mesmo tempo é de todos nós. A dominação é por terra, por água e por ar. Pregações misturam-se com dominações. Há um conluio entre a riqueza material e a promessa espiritual. Quem quiser entrar no falso céu dessa composição mesquinha e arbitrária, precisará comprar o ingresso, pesquisar se ele é temporário ou definitivo. Há camarins, arquibancadas cobertas e o lugar reservado ao povão. Pagou entrou. Não pagou dançou. E segundo os donos da verdade, se você for um dos que dançar, o fará sobre brasas, que se formou ao longo da história, em um lugar chamado inferno. A pedagogia do medo aprisionou as almas. Há muitos acorrentados pelos pés e pelas mãos. O medo calou as vozes. Gerou covardes. Uma gigantesca procissão muda, cabisbaixa, resolveu aceitar, com preguiça de questionar. Entregam, aos ladinos, seus bens materiais, o dinheiro na prosa do dízimo sagrado, representando a maior indústria de mercadores de almas. São “marreteiros” profissionais. Seus produtos, incentivadores para a compra de um lugar no céu, trazem rótulos de medo, pânico, mentira, falsa esperança e a repetição da história das conquistas religiosas. Há tanta mesquinharia que a hipocrisia ajoelha-se diante dos seus altares. Há quem não deseje a alfabetização do povo. Há quem use a ignorância da nossa gente, para encher os cofres de instituições, indústrias bélicas, em parcerias que espedaçam a esperança.. O amor não se cala diante dessa realidade que um dia deixará de existir. Os falsos profetas estão caindo com seus impérios e templos. Quem viver verá. Livre-se das amarras. Nós nascemos livres como os pássaros no céu. Não venda sua liberdade. Há um grande templo que nos pertence, erguido pelo amor incondicional e natural . O universo infinito. Ore nesse templo. Ele não se limita a quatro paredes.

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