terça-feira, 25 de dezembro de 2007

ALMA LIVRE

Se o mundo se arrasta nas suas estradas, carregando uma mochila pesada, repleta de besteiras, sangue, suor e lágrimas, isso se deve aos que deixaram de acreditar no processo natural da existência, onde a biologia divina é mãe e senhora, passando a creditar para os homens os méritos sobre a origem da vida e do universo. A sociedade criou os deuses e demarcou territórios para a chegada das doutrinas politeístas ou monoteístas. Na criação não há doutrinas. Doutrinados são os soldados que marcham para a morte sob o comando da ignorância governamental. Um homem doutrinado é um animal encurralado. A liberdade é a religião dos sábios. Quando, na mesquinhez dos homens, na sua tentativa de tornar-se o centro do universo, usurpamos as diretrizes divinas, a condução cósmica dos nossos passos, o que obtemos é o que vivemos nas nossas cidades. O caos. O que livra o planeta de se tornar um cibório único e absoluto, escravo dos interesses papais e religiosos, são todos os seres livres e sábios. Há uma revolta quando os olhos viciosos dos doutrinadores e doutrinados, dessa corja infecta que movimenta milhões de dólares no aprisionamento de almas ignóbeis, pousam sobre a face dos homens livres. E a fisionomia da liberdade não necessita de retoques, maquiagens artificiais que a sociedade impõe aos seus filhos. A caminhada do mundo não deve ser feita como se todos nós fossemos répteis. Não devemos esfregar nosso ventre, nem o abdome na poeira do chão. Os nossos olhos devem estar apontando para o horizonte, de onde nasceram nossas esperanças, sonhos e ideais. A hipocrisia dos mercadores de almas roubou a liberdade que muitos traziam na alma consciente. Hoje o que há são disputas acirradas em nome de um ilusório poder religioso no planeta. Religiões, seitas, filosofias, princípios doutrinadores, orquestraram canções ruidosas e assustaram o divino que convivia com os homens no dia a dia. A saída do divino do nosso meio feriu o natural, promoveu buscas intimas e a bandeira do salve-se quem puder foi hasteada no topo do mundo. Eu fiz opção pela preservação da minha liberdade, não me importando como a sociedade possa me julgar, pois o direito ao julgamento faz parte dos conceitos materialistas. Sou feliz. Não posso saborear a plena felicidade enquanto perceber que homens continuam a escravizar homens, em nome do que consideram divino, de um criador, de seres imaginários sentados em nuvens, de anjos ociosos e tocadores de harpas e trombetas. Quero declarar em nome do amor incondicional, diante das crenças materialistas e dogmáticas, meu respeito e minha admiração pela Sagrada Mãe Natureza, livre e absoluta. Sou filho dela e pretendo despertar muitas almas para essa realidade divina. A ilusão que a sociedade prega é mera forma de fazer com que os ladinos tripudiem em cima dos ignorantes. Independência ou morte. Liberdade já.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanto mais leio o que escrevo mais gosto! Parabéns!!!
Beijinhos,
Biritib@